Confesso que estava super ansiosa em escrever este post, pois sem dúvida alguma dos 14 países que visitamos durante nossa permanência de um ano na Europa é o lugar que me faz sentir mais saudade.
Vou começar dizendo porque escolhi a Ilha de Milos... Acredito que 9 entre 10 pessoas ou mais já teve um sonho em visitar uma Ilha grega, e quando este sonho começa a se materializar, vem a pergunta: Qual ilha visitar. É lógico que se pudéssemos viajaríamos por todas, e quem sabe um dia consigamos fazer isso. Uma coisa que aprendi é nunca limitar nossos sonhos e expectativas para o futuro, pois ele pode nos surpreender. E foi exatamente isso que nos aconteceu, conseguimos marcar nossa viagem para a Grécia, enquanto estávamos em Dublin (clique aqui para entender melhor) e lógico não tínhamos como abrir mão de conhecer Atenas (vocês podem acompanhar a visita em 3 posts), e teríamos a deliciosa tarefa em escolher uma ilha para visitar. Nós pensamos de início visitar 2 ilhas, pois tínhamos 4 dias para fazer a visita, mas caímos na real e vimos que seria sem sentido correr e ficar apenas 2 dias mal vividos em cada uma. Então passamos a pesquisar qual a melhor e mais viável para irmos.
Como já falei e sempre falo aqui, toda viagem bem feita, começa com uma pesquisa. Pesquisamos e lemos muitos blogs, e descobrimos Milos era uma ilha linda, com belas praias, custo consideravelmente baixo comparado às outras ilhas e pouco visitada por brasileiros. Portanto tínhamos ótimos motivos para escolher e depois que viemos de lá podemos enumerar outras dezenas ou centenas de razões para conhecer este lugar espetacular.
Nós fomos no começo de outubro que já era fim do verão europeu. O que tinha de bom e ruim nisso? Bom porque as praias já estavam desertas, os valores de hospedagem menores bem como locação de veículos e passagens de avião. O lado ruim... corríamos o risco de não pegar o sol que sonhávamos, pois eu sou praieira assumida, e Paulo estava a quase 3 anos sob o céu nublado da Irlanda.
Bom, para se chegar a Milos você tem duas opções saindo de Atenas, que era onde estávamos: de ferry (barco) ou de avião, e nós optamos pela segunda opção, visto que chegaríamos mais cedo, diminuindo em 3 horas a viagem e praticamente pelo mesmo preço.
Nossa aeronave... muito pequena, mas com direito a serviço de bordo!
Saímos de Atenas logo cedo, pegamos um voo pela empresa Olympic Air e após menos de uma hora de voo colocávamos nossos pés na Ilha que estava com um vento frio e céu nublado. E isso foi o bastante para eu quase chorar de tristeza, imaginando que iria passar quatro dias trancafiada numa pousada, rsrsrs Assim que chegamos o Sr. Petrus, dono da Pousada Dionysis veio nos buscar. Abro um parênteses para super recomendar a todos que pretendem fazer esta viagem que se hospedem nesta pousada, que é simples, os quartos são na verdade apartamentos com uma pequena cozinha, banheiro, quarto e varanda,. Ela é linda, com uma arquitetura tipicamente grega (branca de janelas e portas azuis), limpa, super acolhedora e com um ótimo preço. O Sr. Petrus de início nos deixou uma ótima impressão, sempre muito educado, com um ótimo inglês e fazendo de tudo para nos agradar.
Fotos do nosso Hotel.
Pois bem, o caminho entre o aeroporto e a pousada era muito curto, alguém animado pode ir a pé se não tiver malas, mas este pequeno transfer já estava incluído no pacote da pousada. E respirando fundo e vendo a linda paisagem me senti somente agora que eu realmente estava na Grécia. Mas vocês podem me falar... Mas você acabou de sair de Atenas, mas como comentei a uns três posts atrás, Atenas antiga é linda, mas a moderna nem tanto, mas a Ilha de Milos é tudo o que eu sonhei sobre a Grécia, deem uma olhada...
Vista da praia central de Adamas
Depois de colocarmos nossas malas e tomar um café reforçado resolvemos reconhecer nosso território. Ficamos hospedados em Adamas, pois apesar da capital ser Plaka, os
turistas preferem Adamas pela facilidade de transporte e maior
concentração de pousadas e comércio, mas não se assustem, a ilha é muito pequena e como verão no próximo post, dá para se conhecer praticamente tudo de moto mesmo.
Ah, esqueci de citar que era um domingo, e domingo é dia de praia! E mesmo sem muito sol, que foi abrindo aos poucos junto com a nossa coragem de mergulhar nas águas perfeitas do Mar Egeu, visitamos a praia que ficava a alguns metros da pousada. Naquele momento, a partir do primeiro mergulho, parecia que tudo mais não importava. Foi uma das melhores sensações que tivemos na vida. Sensação de sonho realizado!
Tentei de todas as formas me recordar o nome desta praia, mas sem sucesso...
...o que importa são as lindas recordações que levaremos para sempre conosco.
Bom, como não poderia deixar de ser, vou dedicar mais um ou quem sabe dois posts sobre esta visita, tem muita coisa linda para mostrar!
Por enquanto é só, e em breve vamos apresentar outras exuberantes praias que visitamos!
See you soon!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Ainda na Grécia, visita à Corinto.
Continuando
a narrar nossa visita à Grécia, depois dos posts sobre nosso 1º e 2º dia em Atenas, nosso próximo
destino foi a cidade de Corinto. Na verdade de início a cidade não estava no
nosso roteiro, porém um pouco antes de embarcarmos vimos que seria fácil
chegarmos à cidade e então decidimos visitá-la. Mas vocês podem me perguntar:
Porque Corinto? Entre outras razões escolhemos pela importância bíblica que
Corinto tem na história do início da igreja cristã e também por que estávamos
curiosíssimos de ver de perto uma das maiores obras da engenharia humana, o
Canal de Corinto, que daqui a pouco falo mais para vocês.
Segundo
o site Info Escola, Corinto (em grego, Kórinthos) é o nome de uma antiga
pólis grega (cidade-estado),
cerca de 48 km a oeste de Atenas, que emprestou seu nome para a um conjunto de
jogos pan-helênicos, uma guerra, e um estilo de arquitetura.
Corinto
era um rico centro comercial, abrigando uma população cosmopolita graças ao seu
porto, que realizava um lucrativo comércio com a Ásia, além de ser um ponto de
comunicação com a península itálica. Além disso,desempenhou um papel
importante no trabalho missionário do apóstolo Paulo, que lá viveu por dezoito
meses. Hoje é a segunda maior cidade do Peloponeso, com vários locais de
interesse para os peregrinos e turistas.
A
antiga cidade foi parcialmente destruída pelos romanos em 146 a.C., mas em 44
a.C., foi reconstruída como uma cidade romana. A nova Corinto prosperou mais do
que nunca, estima-se que tinha cerca de 800 mil habitantes no tempo de Paulo.
Foi a capital da Grécia romana, habitada principalmente por homens livres e
judeus.
Alarico,
em sua invasão à Grécia, em 395-396, destruiu Corinto e vendeu muitos de seus
cidadãos como escravos. Ainda assim, a cidade permaneceu habitada por muitos
séculos, suportando sucessivas invasões, destruições e pragas.
Corinto
foi capturada pelos turcos, em 1458, e pelos Cavaleiros de Malta em 1612. Por
volta de 1687 até 1715, os venezianos controlaram a cidade, que novamente caiu
na mão dos turcos. Finalmente, com a independência grega em 1822, a cidade
passou a fazer parte do novo país.
Desde
1896 foram iniciadas sistemáticas escavações arqueológicas na área da antiga
polis, e ainda se encontram em andamento, trazendo à tona a ágora, templos,
fontes, lojas, pórticos, banheiros e vários outros monumentos.
Bom
depois de conhecerem um pouco da história de Corinto, vou explicar como
chegamos à cidade. Estávamos hospedados em frente à uma estação de trem, e isso
facilitou bastante, no entanto a falta de cortesia e do pouco inglês do
atendente mal educado da bilheteria nos deu uma certa dor de cabeça.
Mas
ainda assim, com pouca informação compramos nosso bilhete, sabendo que faríamos
uma baldeação meio incerta. E assim nos aventuramos! O trem estava um pouco
lotado. Porém mais tarde descobrimos que de ônibus seria muito mais fácil, o
grande problema é que não encontramos informação de onde poderíamos pegar o
ônibus, mas tudo bem... seguimos viagem.
Depois
de uns 20 minutos de viagem, trocamos de trem na estação Tessalônica, mais uns
20 minutos e ali estávamos na estação de Corinto.
No
meio do nada, com algumas empresas e supermercados por perto. Não tem ônibus
que nos leve para o canal, ou se tinha ninguém sabia informar, só taxi. Como
sempre viajamos na opção econômica perguntamos se tinha como chegarmos lá a pé
e disseram que era um pouco longe mas dava para ir, e assim nós fomos. Andamos
certa de 1 hora, debaixo do sol quente, na beira de uma rodovia sem acostamento
ou calçada (um pouco parecida com nossas estradas brasileiras, rsrsrs).
Mas tudo era
festa, e enfim chegamos ao Canal de Corinto, que possui 40 metros de altura e
6,3 de comprimento. E se me perguntarem se valeu a pena, digo que sim, com
toda certeza! Uma obra magnífica que todo mundo deveria ter a oportunidade de
conhecer.
Segundo
o site Maravilhas do Mundo, O canal
de Corinto é possivelmente uma das obras de engenharia mais espetaculares
do mundo -após o Canal do Panamá, não só por sua beleza e tamanho senão
por sua impressionante e milenar história. É um canal escavado sobre a rocha do
istmo de Corinto no final do século XIX. Ele consegue cortar efetivamente
um país ao meio ao separar à região grega do Peloponeso da Hélade -a Grécia
continental-. No momento de ser finalizado, em 1983, trouxe um grande benefício
econômico à região, já que criava uma via marítima entre as águas do golfo de
Corinto com as do mar Egeu permitindo assim aos navios mercantes encurtar sua viagem
em mais de 400 quilômetros.
O
canal é transpassado por uma passarela onde passam carros e pedestres e de lá
tiramos as fotos. Abaixo da passarela existe um ponto de saltos de bungge
jumping, mas não estava funcionando. Só queria ver mesmo pois não teria coragem
de pular.
A vista que temos ao atravessarmos a passarela.
Lugar onde uma galera muito corajosa pula.
Na verdade o
Canal de Corinto é o único grande motivo para se visitar a cidade e depois de
algum tempo apreciando a beleza da obra e vendo o navio atravessando o canal
fomos procurara estação de ônibus para nosso retorno. E nem foi uma tarefa
difícil, pois fica bem perto do Canal e 5 minutos de caminhada chegamos numa
mini rodoviária, onde param diversos ônibus que vão para cidades próximas e
Atenas, que era nosso destino de retorno. Esperamos por quase uma hora e
embarcamos num ônibus simples porém confortável pela curta viagem que teríamos,
cerca de 1 hora e meia de estrada.
Estação Rodoviária de Corinto.
Nosso bilhete de passagem, todo em grego. Alguém entendeu alguma coisa?
E que estrada!
Perfeita como um tapete, rodeando uma costa com praias lindas, estávamos na
Grécia afinal!
Quase toda a viagem com esta vista maravilhosa.
O bus nos
deixou muito próximos do nosso Hostel, e chegamos bem cansados, mas ainda
tivemos ânimo para aproveitar nossa última noite lá, apesar da ansiedade para a
viagem do dia seguinte: Ilha de Milos. Mas isso é assunto para o próximo post,
aguardem!
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