terça-feira, 27 de agosto de 2013

Irlanda do Norte - Parte 2

Como o primeiro post sobre a Irlanda do Norte não foi o bastante, termino o relato de nossa visita agora. Apesar de ter sido apenas um dia, conseguimos visitar vários lugares legais. Quem ainda não leu o outro post, vale a pena ver o visual lindo que encontramos em Giant's Causeway e Rope Brigde. Como fomos em um ônibus de excursão tudo é muito bem cronometrado, para dar tempo de cumprir o roteiro, então depois do nosso lanche no Centro de Visitações do Giant's Causeway partimos rumo a Belfast, capital da Irlanda do Norte.
Belfast é uma cidade bonita, limpa e "aparentemente" tranquila. Digo "aparentemente" pois a cidade durante o primeiro semestre deste ano foi cenário de protestos, muitas das vezes violentos, que começaram em janeiro após o hasteamento da bandeira britânica em prédios públicos. Porém o problema não está num simples hastear de bandeira, é algo bem mais complexo e histórico, que não vamos entrar em detalhes aqui. Parece uma utopia, mas sinceramente me sinto muito melhor mostrando a vocês o que os lugares por onde passamos tem do bom para mostrar, a parte ruim deixamos para os noticiários, rsrs
Bom, o dia estava muito agradável, choveu um pouco da estrada, mas ao chegarmos na cidade, o sol brilhava e para variar um vento refrescante nos acompanhava. Antes de irmos ao centro, fizemos uma pequena parada no Titanic Museum, apesar de não ter dado tempo de entrar (e quem entrou nos disse que não há muito o que se ver), fizemos algumas fotos para mostrar o prédio moderno que conta a história do famoso navio construído em Belfast. No Museu Marítimo de Liverpool, visitamos uma exposição bem completa sobre o naufrágio. Quem sabe nos animamos em escrever um post, rsrs




                                                                  Hall de entrada do Museu.


                                                              Lojinha de souvenirs.

                        Algumas malas encontradas após o naufrágio do Titanic, decorando a lojinha.

Após algumas fotos, partimos para nosso destino final que era o centro da cidade. Como disse antes ela é bonita, mas como nossa visita foi num domingo, não deu para sentir bem o clima da cidade, seu agito (se ela realmente tem).
Nosso ônibus parou em frente ao prédio da prefeitura, e como de costume nos prédios públicos europeus, era muito lindo, com várias estátuas e um gramado muito bem cuidado.


                                              Frente do prédio da prefeitura de Belfast.

                                                             Parte lateral da prefeitura.

                               Havia um evento sendo transmitido ao vivo no telão ao fundo.

                                    Monumento em homenagem à Rainha Vitória.

                     Monumento em homenagem ao Sir. Daniel Dixon Bart (antigo prefeito de Belfast)

A cidade tem uma curiosidade, um "mini Big Ben", que na verdade se chama Albert Memorial Clock, situado na Praça da Rainha, onde também fica o City Hall (prefeitura).

                                                            Albert Memorial Clock

Andando alguns passos encontramos a Vitória Street, a rua estava calma e tivemos a oportunidade de apreciar melhor sua arquitetura. Entramos por uma rua lateral e saímos num centro comercial, com várias lojas e no final um shopping bem elegante. Mas as comprinhas ficaram para outro dia, rsrs

                                                                                                                      Vitória Street vista pelas duas direções.

Centro comercial.

                                                              Shopping Victória Square.


 O dia foi cansativo mas valeu a pena, recomendo a trip para quem quer agilidade e economia. Fica a dica, se vier a Dublin, dê um pulinho em Belfast!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Visitando a Irlanda do Norte - 1ª Parte

Ei pessoal!
Queremos mostrar um pouco do muito que se pode encontrar na nossa vizinha Irlanda do Norte. As pessoas ainda confundem um pouco e acham que Irlanda e Irlanda do Norte são o mesmo país, mas não são, não mais! Para entender melhor esta história:
"A rivalidade entre irlandeses e ingleses remete ao século XVIII. O controle exercido pela Coroa Inglesa incomodava os irlandeses que armavam revoltas e pequenas guerras concentradas. Esses conflitos fizeram com que o governo inglês criasse o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda em 1801. Entretanto, ao invés de melhorar a situação, a união aumentou a rivalidade entre católicos (ao sul) e protestantes (ao norte). Nas terras irlandesas, o controle conservador da Inglaterra se mantinha e, com ele, os problemas sociais e a pobreza. Somente em 1906, quando o Partido Liberal venceu as eleições parlamentares e conseguiu reduzir os poderes dos lordes ingleses, que a situação econômica pareceu melhorar. Todavia, os irlandeses unionistas da região do Ulster (ao norte), apoiados pelos ingleses, iniciaram uma campanha contra as leis nacionalistas aprovadas pelo Parlamento irlandês, chegando mesmo a declarar a constituição de um governo provisional no Ulster em 1912. Apesar de parecer benéfica, a divisão da Irlanda não satisfez a todos. Os católicos que moravam na região de Ulster foram forçados a continuar sob domínio britânico. Esse movimento fez nascer o IRA – Exército Republicano Irlandês -, formado pelos irlandeses católicos da região. A principal ideologia do IRA era resistir ao controle da Inglaterra e conquistar direitos próprios para a Irlanda do Norte. Porém, com o passar do tempo, o Exército passou a utilizar ações terroristas para difundir suas ideias e atingir seus objetivos. Estima-se que, desde 1969, quase 4 mil pessoas morreram por causa da luta entre os dois lados." Fonte: Site Ed. Moderna.

Para entender bem o que o povo irlandês passou para ter sua independência, sugiro que vejam o filme Ventos da Liberdade (The Wind That Shakes The Barley - 2006).
Porém hoje, graças a Deus, não há nenhum resquício de luta entre os dois países.
Como temos pouco tempo agora aqui em Dublin, pois voltaremos ao Brasil no fim do ano, estamos tentando agilizar nossas visitas, e para esta usamos o famoso "bate e volta" das excursões diárias. É uma forma rápida, prática e até mesmo barata para visitar alguns pontos que só conseguiríamos ir se alugássemos um carro. Esta viagem fizemos com a empresa GM Trip, pagamos 35 Euros por um tour de ônibus que fez os seguintes pontos:
Giant's Causeway, Rope Brigde, Belfast. Fala também no folheto sobre o Dunluce Castle, mas na verdade o ônibus pára numa estrada de onde podemos ver o Castelo e tirar algumas fotos, coisa de 10 minutos no máximo. Mas é legal também, rsrs Hoje vamos falar da primeira parte da visita. Belfast vai ficar para o próximo post.
Nossa primeira parada foi em Rope Brigde (Ponte de cordas), um lugar que sempre tive vontade de ir depois que via as fotos do Paulo que já tinha visitado o lugar antes. Na foto parecia ser mais perigoso, mas na hora é tão bonito que nem dá medo.
O ônibus nos deixa num estacionamento próximo, e como nossa excursão já incluía a entrada, era só pegar a trilha até a ponte.


    Recepção na entrada para trilha. Quem for sem ingresso, paga na hora um pouco mais de 5 Pounds (estamos na Irlanda do Norte, lembram?)


                                                                  Nosso ticket.

 A ponte nos liga à ilha de Carrick, são 20 metros de travessia e 30 metros de altura. Mas não balança muito não, mas ainda assim é uma aventura que dá medo ao atravessar e olhar para baixo.


                                                               Rindo de nervoso, rsrs


                                                          Olha o visual embaixo da ponte.


                                Aqui dá para ver melhor a dimensão da travessia.


                                  Mas a vista que encontramos, vale a pena qualquer frio na barriga.


                                  Clicamos um felizardo passeando com sua lancha pela costa.
Nossa próxima parada foi Danluce Castle, que como eu disse antes só o vimos de longe. Parece um cenário de filmes:

Depois partimos para outro lugar que queria muito conhecer, o Giant's Causeway (Calçada de Gigantes),  um conjunto de cerca de 40 000 colunas prismáticas de basalto, encaixadas como se formassem uma enorme calçada de pedras gigantescas, formadas pela disjunção prismática de uma grande massa de lava basáltica resultante de uma erupção vulcânica ocorrida há cerca de 60 milhões de anos. Para chegar lá pegamos uma estradinha próximo ao lado da entrada do Centro de Visitação que recebeu recentemente uma reforma e está muito bonito, com um café-restaurante e uma loja de souvenirs.


                                                Paulo na entrada do Centro de Visitação.

Para chegar até o Giant's, pode ir a pé ou usar o serviço de Bus para pessoas com deficiência ou que estejam muito cansadas para percorrer um pequeno caminho de 10 minutos. Mesmo sendo pouco necessário na minha opinião, o ônibus passou diversas vezes por nós, e sempre com bastante gente pouco disposta a andar.
                                                         Ônibus que leva o pessoal


Os valores do transporte até os Giant's.

 Nós, lógico, preferimos ir a pé e ainda aproveitar a vista que encontramos pelo caminho.


                                                                
                                                              O caminho nem é tão longo.

 
                      Um memorial no meio do caminho, que infelizmente não me lembro a história, rsrs


                            Ao invés de areia, formações rochosas ao longo da costa.

Antes de mostrar o que encontramos, segue a lenda da "Calçada dos Gigantes": 
A lenda irlandesa conta que um gigante chamado Finn MacCool queria enfrentar numa luta um gigante escocês chamado Benandonner, mas havia um problema: não existia uma embarcação com tamanho suficiente para atravessar o mar e levar um ao encontro do outro. A lenda diz que MacCool resolveu o problema construindo uma calçada que ligava os dois lados, usando enormes colunas de pedra. Benandonner aceitou o desafio e viajou pela calçada ate à Irlanda. Ele era mais forte e maior do que MacCool. Percebendo isso a esposa de Finn MacCool, de forma muito perspicaz decidiu vestir seu marido gigante como um bebé. Quando Benandonner chegou à casa dos dois e viu o bebé, pensou: “Se o bebé deste tamanho, imagine-se o pai!”, e fugiu correndo de volta para a Escócia. Para ter certeza de que não seria perseguido por Finn MacCool destruiu a estrada enquanto corria, restando apenas as pedras que agora formam a Calçada dos Gigantes.
E com vocês, um dos lugares mais legais que eu visitei neste país cheio de histórias:





Um pouco difícil para subir

                  Para descer é pior ainda.


                                             Mas a sensação de estar lá em cima é indescritível!
                                      
                                         Olhem a altura das muralhas esculpidas pela natureza.

Depois de quase uma hora subindo e descendo as rochas, deveríamos seguir para a última parte da viagem, que nos levaria a Belfast, mas antes uma paradinha para comer porque ninguém é de ferro. E no restaurante do Centro de Visitação provamos uma comida típica irlandesa: o Irish Stew. Um cozido preparado com carne de vaca ou carneiro e legumes, normalmente cenoura, cebola e batatas. Muito gostoso e que nos deu um suporte para o restante da viagem, pois não tivemos tempo para outro lanche.


                             Uma porção que serviu como um almoço para nós. Delicioso!

Depois de recompor nossas forças, já fomos para o ônibus que já aguardava o pessoal, estava um dia muito frio e pegamos um pouco de chuva na estrada. 
Aguardem o próximo post em que vamos falar de Belfast. Até lá!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Liverpool, uma cidade que respira música e cultura - Parte 2

Como prometido, estamos aqui para contar como foi nosso segundo e último dia de passeio por Liverpool. Eu nunca imaginei que esta visita daria tanta história, pelo breve tempo que tivemos. Mas nossas poucas horas por lá renderam novos conhecimentos e ótimos cliques. 
Saimos por volta das 10h do Hostel, meio sem destinos, nossa ideia era ir para o centro e de lá ir visitando pontos que encontraríamos no caminho. Como no dia anterior pegamos um mapa da cidade, deu para localizar algumas catedrais que estariam próximas uma das outras, e como já estávamos com as mochilas nas costas, deveríamos aproveitar ao máximo estas proximidades.
Como as igrejas européias possuem em sua maioria altas torres, não foi difícil mesmo de ônibus já ver algumas ao longe, e desta forma conseguimos descer bem perto da nossa primeira visita: a Catedral Anglicana que não funciona mais como Igreja, parecem apenas lindas ruínas, mas depois descobri que ela abriga festivais de cinema e teatro em algumas épocas do ano. Achei muito legal isso, pois a localização dela é ótima e o local ainda é muito bonito. Não pudemos entrar, infelizmente seus portões estavam fechados, mas ainda assim conseguimos uns clicks legais.


                                            Ruínas da Antiga Catedral Anglicana

E como já havia comentado no outro post, é muito simples achar pontos turísticos em Liverpool, devido a ótima sinalização. 
No caminho encontramos mais um portal chinês (encontramos outro em Manchester), que mais uma vez me encantou com sua beleza e colorido. Não perdemos a chance de mais um click.  


                                                             Chinatower em Liverpool.

Ainda no caminho do próximo ponto, achamos legal fotografar algumas residências para mostrar a vocês a linda arquitetura utilizada por aqui, muito parecida com o que vemos aqui na Irlanda ou em Londres, porém com um pouco mais de capricho.


E logo em frente a este conjunto residencial, encontramos a imponente Liverpool Cathedral. Como chegamos no início de um missa, assistimos para só depois tirar as fotos que queríamos e ainda assistimos a um lindo coral lírico. 



             Interior da igreja,com detalhes entalhados em madeira, lindo trabalho artesanal.

Pinturas com histórias bíblicas

Réplica da Arca da Aliança.

Ao sairmos de lá, fomos em direção â Catedral Metropolitana, e como o nome já diz, possui uma arquitetura bem mais moderna, mas muito bonita também. Era um domingo no horário do almoço quando chegamos lá e nos deparamos com uma pequena cerimônia de casamento em uma salinha da igreja, mas por educação não acompanhamos até o final, muito menos tiramos foto dos noivos desconhecidos, rsrs

                                     Vista externa da Catedral Metropolitana de Liverpool.


                                                                 Vista interna da Catedral. 

Após as visitas às igrejas, procuramos um forma de chegar no destino muito esperado pelo Paulo, o Estádio do Liverpool. Apesar dele torcer pelo Manchester (que também já visitamos), seria um desperdício não irmos lá também. Tivemos um pouco de trabalho no início, visto que o Estádio é um pouco afastado do centro, mas perguntando um ou outro descobrimos que seria mais fácil se fôssemos para a Estação Central. Porém tínhamos o problema do tempo, pois para baratear nossa viagem, iríamos embarcar em Manchester então precisávamos pegar um trem para chegar a tempo para embarcar. Esta é uma dica para quem achar que a passagem direto para Liverpool está cara, faça a baldeação por Manchester, é apenas 1 hora de trem e a passagem sai em torno de 13 Euros. Valeu a pena para nós.
Quando chegamos na Estação, fomos informados que teríamos de ir de ônibus para o Estádio (número 13), e depois voltar para o Centro para só depois pegar o trem para Manchester. Sem problemas, assim fizemos e deu tudo certo!

                                                             No Estádio do Liverpool

Não deu para entrarmos no campo, já era domingo a tarde e as visitas estavam encerradas, mas deu para visitar a lojinha e ver mesmo que por fora a grandeza do clube. 
Voltando para o centro, ainda tendo um tempo para aguardar nosso embarque, aproveitamos para visitar a Praça que fica em frente à Estação Central, onde encontramos St. George's Hall, que é um patrimônio da humanidade e a Walker Art Gallery, e entramos nesta segunda, infelizmente ficamos pouco tempo por lá pois já estavam fechando.

                  Estátua em homenagem à Rainha Vitória, em frente ao St. George's Hall

                                                                         Walker Art Gallery


                                          Esculturas renascentistas na Walker Art Gallery

                  Algumas das muitas pinturas que encontramos no Walker.

Após nossa visita relâmpago procuramos a estação para nosso embarque em Manchester. Mais uma vez pudemos desfrutar de um dos meios de transportes que mais se utiliza aqui na Europa e que eu ainda não entendo o motivo pelo qual não se utiliza as ferrovias como meio de transporte no Brasil, mesmo com tanta geografia a favor. 

 Não há necessidade de reservar passagem antes, pode comprar na hora, sem problemas. 


 
A Estação é enorme, com várias linhas e horário. Esperamos menos de 20 minutos!

Para finalizar um conselho que repasso, apesar de não ter acreditado quando eu o ouvi: Não pense em Liverpool apenas como um "bate e volta". A cidade tem infinitamente mais coisas a oferecer do que ser conhecida apenas como a cidade dos Beatles. Seus encantos são inúmeros e em dois dias apenas conseguimos ficar apaixonados por ela e com uma vontade enorme de voltar.
Até a próxima!