segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Visitando a Irlanda do Norte - 1ª Parte

Ei pessoal!
Queremos mostrar um pouco do muito que se pode encontrar na nossa vizinha Irlanda do Norte. As pessoas ainda confundem um pouco e acham que Irlanda e Irlanda do Norte são o mesmo país, mas não são, não mais! Para entender melhor esta história:
"A rivalidade entre irlandeses e ingleses remete ao século XVIII. O controle exercido pela Coroa Inglesa incomodava os irlandeses que armavam revoltas e pequenas guerras concentradas. Esses conflitos fizeram com que o governo inglês criasse o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda em 1801. Entretanto, ao invés de melhorar a situação, a união aumentou a rivalidade entre católicos (ao sul) e protestantes (ao norte). Nas terras irlandesas, o controle conservador da Inglaterra se mantinha e, com ele, os problemas sociais e a pobreza. Somente em 1906, quando o Partido Liberal venceu as eleições parlamentares e conseguiu reduzir os poderes dos lordes ingleses, que a situação econômica pareceu melhorar. Todavia, os irlandeses unionistas da região do Ulster (ao norte), apoiados pelos ingleses, iniciaram uma campanha contra as leis nacionalistas aprovadas pelo Parlamento irlandês, chegando mesmo a declarar a constituição de um governo provisional no Ulster em 1912. Apesar de parecer benéfica, a divisão da Irlanda não satisfez a todos. Os católicos que moravam na região de Ulster foram forçados a continuar sob domínio britânico. Esse movimento fez nascer o IRA – Exército Republicano Irlandês -, formado pelos irlandeses católicos da região. A principal ideologia do IRA era resistir ao controle da Inglaterra e conquistar direitos próprios para a Irlanda do Norte. Porém, com o passar do tempo, o Exército passou a utilizar ações terroristas para difundir suas ideias e atingir seus objetivos. Estima-se que, desde 1969, quase 4 mil pessoas morreram por causa da luta entre os dois lados." Fonte: Site Ed. Moderna.

Para entender bem o que o povo irlandês passou para ter sua independência, sugiro que vejam o filme Ventos da Liberdade (The Wind That Shakes The Barley - 2006).
Porém hoje, graças a Deus, não há nenhum resquício de luta entre os dois países.
Como temos pouco tempo agora aqui em Dublin, pois voltaremos ao Brasil no fim do ano, estamos tentando agilizar nossas visitas, e para esta usamos o famoso "bate e volta" das excursões diárias. É uma forma rápida, prática e até mesmo barata para visitar alguns pontos que só conseguiríamos ir se alugássemos um carro. Esta viagem fizemos com a empresa GM Trip, pagamos 35 Euros por um tour de ônibus que fez os seguintes pontos:
Giant's Causeway, Rope Brigde, Belfast. Fala também no folheto sobre o Dunluce Castle, mas na verdade o ônibus pára numa estrada de onde podemos ver o Castelo e tirar algumas fotos, coisa de 10 minutos no máximo. Mas é legal também, rsrs Hoje vamos falar da primeira parte da visita. Belfast vai ficar para o próximo post.
Nossa primeira parada foi em Rope Brigde (Ponte de cordas), um lugar que sempre tive vontade de ir depois que via as fotos do Paulo que já tinha visitado o lugar antes. Na foto parecia ser mais perigoso, mas na hora é tão bonito que nem dá medo.
O ônibus nos deixa num estacionamento próximo, e como nossa excursão já incluía a entrada, era só pegar a trilha até a ponte.


    Recepção na entrada para trilha. Quem for sem ingresso, paga na hora um pouco mais de 5 Pounds (estamos na Irlanda do Norte, lembram?)


                                                                  Nosso ticket.

 A ponte nos liga à ilha de Carrick, são 20 metros de travessia e 30 metros de altura. Mas não balança muito não, mas ainda assim é uma aventura que dá medo ao atravessar e olhar para baixo.


                                                               Rindo de nervoso, rsrs


                                                          Olha o visual embaixo da ponte.


                                Aqui dá para ver melhor a dimensão da travessia.


                                  Mas a vista que encontramos, vale a pena qualquer frio na barriga.


                                  Clicamos um felizardo passeando com sua lancha pela costa.
Nossa próxima parada foi Danluce Castle, que como eu disse antes só o vimos de longe. Parece um cenário de filmes:

Depois partimos para outro lugar que queria muito conhecer, o Giant's Causeway (Calçada de Gigantes),  um conjunto de cerca de 40 000 colunas prismáticas de basalto, encaixadas como se formassem uma enorme calçada de pedras gigantescas, formadas pela disjunção prismática de uma grande massa de lava basáltica resultante de uma erupção vulcânica ocorrida há cerca de 60 milhões de anos. Para chegar lá pegamos uma estradinha próximo ao lado da entrada do Centro de Visitação que recebeu recentemente uma reforma e está muito bonito, com um café-restaurante e uma loja de souvenirs.


                                                Paulo na entrada do Centro de Visitação.

Para chegar até o Giant's, pode ir a pé ou usar o serviço de Bus para pessoas com deficiência ou que estejam muito cansadas para percorrer um pequeno caminho de 10 minutos. Mesmo sendo pouco necessário na minha opinião, o ônibus passou diversas vezes por nós, e sempre com bastante gente pouco disposta a andar.
                                                         Ônibus que leva o pessoal


Os valores do transporte até os Giant's.

 Nós, lógico, preferimos ir a pé e ainda aproveitar a vista que encontramos pelo caminho.


                                                                
                                                              O caminho nem é tão longo.

 
                      Um memorial no meio do caminho, que infelizmente não me lembro a história, rsrs


                            Ao invés de areia, formações rochosas ao longo da costa.

Antes de mostrar o que encontramos, segue a lenda da "Calçada dos Gigantes": 
A lenda irlandesa conta que um gigante chamado Finn MacCool queria enfrentar numa luta um gigante escocês chamado Benandonner, mas havia um problema: não existia uma embarcação com tamanho suficiente para atravessar o mar e levar um ao encontro do outro. A lenda diz que MacCool resolveu o problema construindo uma calçada que ligava os dois lados, usando enormes colunas de pedra. Benandonner aceitou o desafio e viajou pela calçada ate à Irlanda. Ele era mais forte e maior do que MacCool. Percebendo isso a esposa de Finn MacCool, de forma muito perspicaz decidiu vestir seu marido gigante como um bebé. Quando Benandonner chegou à casa dos dois e viu o bebé, pensou: “Se o bebé deste tamanho, imagine-se o pai!”, e fugiu correndo de volta para a Escócia. Para ter certeza de que não seria perseguido por Finn MacCool destruiu a estrada enquanto corria, restando apenas as pedras que agora formam a Calçada dos Gigantes.
E com vocês, um dos lugares mais legais que eu visitei neste país cheio de histórias:





Um pouco difícil para subir

                  Para descer é pior ainda.


                                             Mas a sensação de estar lá em cima é indescritível!
                                      
                                         Olhem a altura das muralhas esculpidas pela natureza.

Depois de quase uma hora subindo e descendo as rochas, deveríamos seguir para a última parte da viagem, que nos levaria a Belfast, mas antes uma paradinha para comer porque ninguém é de ferro. E no restaurante do Centro de Visitação provamos uma comida típica irlandesa: o Irish Stew. Um cozido preparado com carne de vaca ou carneiro e legumes, normalmente cenoura, cebola e batatas. Muito gostoso e que nos deu um suporte para o restante da viagem, pois não tivemos tempo para outro lanche.


                             Uma porção que serviu como um almoço para nós. Delicioso!

Depois de recompor nossas forças, já fomos para o ônibus que já aguardava o pessoal, estava um dia muito frio e pegamos um pouco de chuva na estrada. 
Aguardem o próximo post em que vamos falar de Belfast. Até lá!

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